Guru significa aquele que dissipa a escuridão, no sentido daquele que ilumina através do conhecimento, ou seja, muito simplesmente – o professor. No Ocidente criam-se muitas fantasias em torno desta palavra. Imagina-se que o Guru é um mestre exótico que reune uma espécie de seita ao seu redor e que conduz as pessoas a seguidismos cegos e silenciosos. Infelizmente se esta é a visão geral é porque terá sido despoletada por algumas situações deste tipo que admito existirem. No entanto, não é bom generalizar e se passarmos a entender o guru como um professor, alguém que partilha o conhecimento, como quem ensina a escrever ou a fazer contas, percebemos que ter um guru não é fazer parte de uma seita estranha mas é tão normal quanto ter um professor de matemática.
Este é o meu guru, Swami Dayananda Saraswati. É com ele que estudo em Rishikesh, no norte da Índia. Swami Dayananda é um Professor tradicional de Vedanta (Jñana Yoga) na linhagem de Adi Shankarachárya. O seu conhecimento profundo da cultura ocidental e a compreensão dos problemas actuais, fazem dele um Professor único que tem a habilidade para fazer com que cada um perceba a sua verdadeira natureza.
Para além de ensinar, Swami Dayananda deu inicio e contribui para vários projectos de ajuda humanitária ao longo dos últimos 45 anos. Destes, aquele que mais cresceu foi iniciado em 2000, o All India Movement for Seva www.aimforseva.org reconhecido pelas Nações Unidas com o estatuto consultivo, dedica-se a servir a população das áreas remotas da Índia, sobretudo na área da educação e da saúde.