Gosto de trazer reflexões para as minhas práticas e para as aulas que dou. Procuro trazer temas que estão dentro do ensinamento do yoga e da tradição védica e de algum modo fazer a ponte entre eles e a escolha dos elementos da prática, desde o āsana à meditação.
Este mês, nas aulas de yoga, temos reflectido sobre sthairyam – uma capacidade de firmeza e de estabilidade. Temos conduzindo a prática através de escolhas que enraízam e ancoram, que focam e conectam, para encontrarmos não fora, mas em nós mesmos, essa firmeza e segurança.
Hoje em dia, assistimos a uma tendência para uma certa endeusamento da “joie de vivre” e ainda bem, longe vão os tempos em que uma vida de sacrifício era glorificada, mas ao mesmo tempo, facilmente se cai numa displicência, em relação aos nossos compromissos – seja em relação aos objectivos pessoais a que nos propomos (karma nishta), seja em relação aos deveres dos nossos diferentes papéis no mundo (dharma nishta). Isto fez-me recordar uma das definições mais bonitas de yoga que já ouvi, pela voz da professora Glória Arieira:
“YOGA É ESTAR UNIDO AO SEU COMPROMISSO DE VIDA.” (E eu acrescentaria “… e às pessoas que te ajudam a cumpri-lo).
Obrigada querida @gloriaarieira por ser inspiração, exemplo e imagem viva de Sthairyam!