por casa-ganapati | Jan 14, 2025 | Destaque, Eventos
O Sul conquistou-nos à primeira. Embora o Norte da Índia tenha sido nosso destino por muitos anos, para estudar em Rishikesh com o Swamiji, foi no sul que encontrámos a Índia mais tradicional, mais verde e mais paciente.
Depois de 2 edições de Yoga na Índia a Sul, e porque gostamos de explorar e oferecer sempre novas possibilidades, criámos um novo roteiro que nos vai levar por alguns lugares especiais e que inclui alguns dos destinos incontornáveis que já conhecemos nas edições anteriores, mas que são de inestimável valor para os estudantes de Vedanta, tal como Manjakkudi e Tiruvannamalai.
Como fazemos sempre, o que propomos não é uma viagem turística, não faltam propostas desse género nas agências, mas uma viagem de Yoga, Estudo e Devoção. Mantemos a abordagem à Índia real privilegiando a proximidade com as pessoas, que são umas das maiores riquezas deste país, a peregrinação aos lugares mais sagrados e tradicionais e, nesta edição, em particular um momento de cuidado Ayurveda.
*Esta não é uma viagem turística mas uma viagem totalmente orientada no sentido da prática e estudo do Yoga pelo que se destina a todos os que de algum modo já estão neste caminho.
OS NOSSOS GUIAS:
MIGUEL HOMEM
Miguel é apaixonado pela tradição de ensinamento da Índia, sobretudo pelo yoga e vedānta que vê como um só. A Índia transpira uma visão transcendente do Homem que emerge do contacto com as pessoas, no aparente caos das aglomerações humanas, nas deslocações pela ruas, estradas e comboios, no céu sempre mascarado com o véu misterioso, e nos momentos de assimilação espontânea num templo, às margens do Ganges e tudo isto faz valer pisar os pés naquela terra sagrada.
Miguel fez o curso completo de formação para instrutores de yoga com Pedro Kupfer. Aprofunda-se no estudo e prática de āsana segundo o método Iyengar de 2004 a 2011 com Cláudia Villadelprat e outros . Fez formação em aṣṭaṅga vinyāsa yoga com David Swenson e com Manju Jois, tomando como o seu professor Tomás Zorzo. De 2005 a 2015 viajou para estudar na Índia com Pujya Swami Dayananda. Desde 2006 traz anualmente a Portugal a Prof. Gloria Arieira com quem estuda. Em 2007 conhece Ganga Mira, assistindo regularmente aos seus satsaṅgas. Em 2012 completou o curso de yoga e ayurveda de 300h com David Frawley, reconhecido pelo American institute of Vedic Studies.
INÁCIO ROZEIRA
Inácio, 46 anos, viaja pela Índia há mais de 16 anos. Das suas mais de cinco dezenas de viagens pela Índia conheceu grande parte do sub-continente e guiou mais de cinco centenas de viajantes por estas paragens exóticas. É especializado em viagens de aventura com uma forte componente de interacção cultural, desenrasca-se nos bazares e nos transportes locais como um autóctone e, ao longo destes últimos anos desenvolveu uma capacidade para falar hindi de uma forma simples para não ser enganado e tornou-se especialista na história contemporânea da Índia. Em 2010 deu a volta à Índia numa mota com sidecar.
ANA SERENO
Atraída pela Índia muito antes do Yoga entrar na sua vida, Ana viajou para lá pela primeira vez em 2001 com a sua mãe numa típica viagem turística atrás dos vidros mas não menos significante. Ao descolar do avião no regresso a casa soube que para sempre estaria ligada aquela terra e assim foi. A partir de 2009, voltou à Índia várias vezes e aí acabou mesmo por casar-se, nas margens do Ganges e sob a bênção do seu Mestre, Swami Dayananda com Miguel Homem. O entusiasmo e paixão por este destino é tal que não desistiu enquanto não viu esta viagem ganhar vida! Ana convida todos os que queiram conhecer a Índia à luz do contexto do Yoga, mergulhando sem reservas na cultura e modo de vida indianos a juntarem-se nesta viagem organizada com muito amor e orientada pelos melhores “experts” que vai encontrar – o Miguel e o Inácio ☺ Ana promete ser também aquela amiga de viagem que o acompanha desde a inscrição até à despedida no regresso, estando sempre por perto.
MAIS INFORMAÇÃO: ana@casaganapati.com | +351919022478 | @casaganapati | www.casaganapati.com
Registo Nacional Agências de Viagens e Turismo RNAVT nº 6559
por casa-ganapati | Jan 10, 2025 | Destaque, Eventos
Como já vem sendo tradição, voltamos a mais uma edição do Contemplar, este que é um retiro diferente- mais íntimo, descontraído, mas não menos profundo. Neste encontro, mais prolongado e também afastado de tudo, oferecemos uma oportunidade de recolhimento, partilha e contemplação, de frente para o mar.
Como habitualmente, tomaremos alguns versos do ensinamento de Advaita Vedānta como ponto de partida para os nossas reflexões. Este ano, escolhemos os 10 versos de Contemplação do Vivekacūḍāmaṇi, os favoritos do Swami Chinamayananda (Mestre do Swami Dayananda). Estes versos serão um suporte directo para a nossa contemplação sobre a essência de vedānta, que é eu ser completo, suficiente em mim mesmo, sem mais.
Vivekacūḍāmaṇi é um texto atribuído a Ādi Śaṅkarācārya, uma obra fundamental de Advaita Vedānta. Os versos que veremos não fazem parte da selecção de 108 que se costuma ensinar, são por isso versos que nunca demos em cursos ou aulas. São os 10 versos escolhidos pelo Swami Chinmayananda e que ele sempre sugeria aos seus alunos memorizar, para poderem guardar a essência de vedānta e meditar neles.
Neste retiro, deixaremos entranhar o ensinamento e a verdade de Brahman, completo, que sou eu, aqui e agora. A libertação nunca foi um objectivo a atingir, sempre foi a minha natureza já adquirida.
PROGRAMA (sujeito a pequenos ajustes)
16 de Julho, Quarta
15:00 – Chegada
16:00 – Boas-vindas aos participantes e apresentação do encontro
16:30 – Prática inicial, prāṇāyāma e meditação.
18:00 – Os 10 versos de Contemplação do Vivekacūḍāmaṇi
19:00 – Jantar
20:30 – Satsaṅga e kīrtan
21:30 – Descanso
17 – 19 Julho, Quinta a Sábado
08:00 – Silêncio, contemplação e os 10 versos de Contemplação do Vivekacūḍāmaṇido Daśaślokī
09:20/30 – prática de yoga*
11:00 – Brunch
12:30 – Reflexões: Os 10 versos de Contemplação do Vivekacūḍāmaṇi
13:30 – Tempo livre, convívio, praia
18:30 – prática restaurativa ou prāṇāyāma e meditação ou canto**
19:30h – Jantar
20:30 – Satsaṅga e kīrtan
21:30 – Descanso
20 de Julho, Domingo
08:00 – Silêncio, prática para despertar
10:00 – Brunch
11:30 – Contemplar: Os 10 versos de Contemplação do Vivekacūḍāmaṇi12.30h – Namaste!
* De segunda a sexta-feira, a Ganga Mira costuma dar os seus satsaṅgas, 2x por semana, às 9.30h a cerca de 15min de carro do retiro. As nossas actividades durante a semana serão ajustadas e marcadas em função dos dias destes satsaṅgas (que só saberemos na altura) para que aqueles que queiram, possam participar.
** sábado não haverá prática formal ao fim do dia. Aproveitaremos o fim da tarde na praia para termos um momento especial.
Conteúdos:
- Práticas de haṭha yoga com āsana, prāṇāyāma, yoganidrā e meditação.
- Aprendizagem dos 10 versos de Contemplação do Vivekacūḍāmaṇi,
- Mantra, satsaṅga e vidyā (conhecimento).
- Passeios e silêncio na natureza
Praticantes de quaisquer tradições são bem-vindos!
Sobre a participação nos satsaṅgas da Ganga Mira
Aqueles que têm interesse em advaita vedānta como nós, possivelmente irão apreciar os satsaṅgas com a Ganga. Estes satsaṅgas não são palestras, não são um curso, mas servem aqueles que têm genuínas perguntas sobre o assunto e querem uma indicação assertiva. Nas palavras da Ganga:
“Who you really are is here, just now regardless of the states of your mind. You are ever your Self.”
Since 1968, Ganga Mira has been following her master, Sri Poonja (Papaji), a direct disciple of Sri Ramana Maharshi. She started to give satsang in 1998, shortly after her Master passed away….
Os satsangas acontecem em inglês e não têm tradução para português.
Este evento será conduzido pela Ana e Miguel.
Ana Sereno estuda e pratica Yoga desde 2003. Em 2009 completou o 1o curso de Formação para Instrutores de Yoga com Pedro Kupfer, em Portugal, tendo começado a ensinar na Casa Gaṇapati desde então. Entre 2008 e 2016 estuda Vedānta, disciplina de auto-
conhecimento, com Pujya Swami Dayananda, seu Mestre, no Dayananda Ashram, em Rishikesh (Índia), onde passa a ver o Yoga não como uma disciplina física destinada ao bem-estar mas como um estilo de vida que conduz à liberdade e verdade do que somos. Hoje em dia, continua os estudos de Vedānta com a professora Gloria Arieira. Em 2010 fez formação em Ashtanga Vinyasa Yoga (1asérie) com David Swenson em Londres. E no ano seguinte, com Manju Jois, na Grécia. É a prática de Ashtanga Vinyasa Yoga que orienta a sua prática pessoal, tendo como referências neste método os professores Tomas Zorzo e Kia Naddermier, com quem continua a aprender regularmente. Dando continuidade à investigação e estudo do Yoga, em 2017 fez um curso de aprofundamento no método Iyengar, com Claudia Villadelprat. No yoga, Ana encontrou a Ordem para uma vida em constante desordem e um código de ética, que norteia a sua vida e que procura passar em diante.
Miguel Homem fez o curso completo de formação para instrutores de yoga com Pedro Kupfer no Brasil 2004/5 e em Portugal 2008/9. Aprofunda-se no estudo e prática de āsana segundo o método Iyengar de 2004 a 2011 com Cláudia Villadelprat e outros professores. Fez formação em aṣṭaṅga vinyāsa yoga com David Swenson e com Manju Jois e pratica regularmente com o seu professor Tomas Zorzo. Em 2005 conheceu o seu Mestre Pujya Swami Dayananda com quem aprendeu vedānta regularmente até ao seu Maha Samādhi, assim viajando para estudar na índia de 2005 a 2015. Desde 2006 traz regularmente a Portugal a Prof. Gloria Arieira com quem mantem o estudo de vedānta, sânscrito e shaṅkara bhāṣyam. Em 2007 conheceu Ganga Mira, assistindo regularmente aos seus satsaṅgas desde então. Em 2012 completou o curso de yoga e ayurveda de 300h com David Frawley, reconhecido pelo American institute of Vedic Studies.
Miguel dedica-se ao estudo, prática e vida de yoga há cerca de 20 anos, continua a estudar regularmente, continua a ouvir o que o Swamiji ensinou, continua a aprender e manter uma relação estreita com as suas Mestras por quem tem um carinho, respeito e admiração sem fim. Miguel continua a estudar com os seus professores e ainda a viajar para a Índia, anualmente, para visitar lugares sagrados, aprender, praticar, ensinar e tudo o mais que a Índia traz.
Ensina yoga, sânscrito, mantras da tradição védica e vedānta regularmente na Casa Gaṇapati, dando aulas semanais e conduzindo cursos, retiros e extensivos.
Local do Retiro:
Palmas Lodge, Aljezur, Costa Vicentina
Palmas Lodge é uma casa de campo situada em Aljezur, na encantadora Costa Vicentina onde o sol se faz presente por pelo menos 300 dias do ano. Um lugar tranquilo, aconchegante, e com ótima localização, próximo à praia de Vale Figueiras e a poucos minutos da vila de Aljezur e de diversas outras praias.
Mais sobre o lodge:
https://www.palmaslodge.com/
Sobre o Alojamento e alimentação:
- O alojamento será feito em quarto triplo ou quádruplo com wc privativo.
*possibilidade de quarto duplo para casais sob consulta
- Alimentação vegetariana – Brunch e Jantar
- Lotação: 18 participantes
Organização: Casa Gaṇapati
ana@casaganapati.com | 919022478
por casa-ganapati | Jan 7, 2025 | Destaque, Eventos, Sem categoria
“Who you really are, you are it right now, so it can never be described, known, felt, or experienced by the mind. This is realized in a second.”
Moksha, o reconhecimento daquilo que sou, é o propósito de cada sat sanga conduzido por Ganga Mira. Hoje em dia, pessoas a dar sat sangas sobre a não dualidade é o que mais há. Swamis a ensinar vedānta também há muitos. No entanto, é uma raridade encontrar um Swami que tenha um conhecimento claro e consiga transmitir a visão, como acontecia com o Swami Dayananda.
Da mesma forma, para nós a Ganga não é mais uma pessoa que dá sat sangas, num modelo que se tornou famoso nos dias de hoje. É alguém com uma visão clara. Como ela diz de forma tão genuína, “there is no teaching”. Ali não existe ensinamento.
Às vezes desconcertante, provocadora, ternurenta, assertiva, sem outro compromisso que não o de apontar a realidade. O que a Ganga faz é apontar para o que é, para o que não pode ser negado, para o que somos, com a enorme habilidade de comunicar de um para um. Com o dom de localizar com enorme precisão o ponto em que cada um se encontra. Para nós as suas indicações têm sido preciosas. A Ganga tem sido uma Mestra no nosso nididhyasana.
Sobre a Ganga:
Depois de uma infância em liberdade passada no Congo Belga e de um regresso ao seu país Natal, a Bélgica onde estudava História de Arte, foi ao tropeçar numa frase de Sócrates “conhece-te a ti mesmo” que a vida da Ganga seguiu um caminho sem retorno em busca das respostas. Em 1968, sozinha na Índia, para onde partira em busca de um Sócrates vivo, conhece o seu mestre Papaji, discípulo de Ramana Maharishi.
Mais sobre a incrível história de vida da Ganga aqui:
https://www.gangamirasatsang.com/ganga-mira/biography
Horário:
Sexta-feira, às 19h
Sábado 10h e 17h
Domingo 10h
* Os satsangas têm a duração de 1.30h aprox.
*Os satsangas acontecem em inglês. Se necessário, haverá tradução do português para o Inglês para quem quiser fazer uma pergunta à Ganga e do Inglês para a o português para a resposta dada.
Local: Casa Gaṇapati | Rua Marechal Saldanha, 721, Porto
Valor e inscrição:
- 1 satsanga: 20€
- 2 satsangas: 35€
- 3 satsangas: 50€
- 4 satsangas: 60€
*A inscrição será feita por email e obrigatoriamente confirmada com o pagamento, após terem sido facultados os respectivos dados. As vagas são limitadas, portanto inscreva-se com antecedência.
Organização e inscrições:
ana@casaganapati.com
por casa-ganapati | Out 21, 2024 | Destaque, Eventos
Sempre que termina uma edição da Formação em Yoga, muitos alunos sentem a necessidade de aprofundar o tema dos ajustes. E ainda bem, pois para além da responsabilidade que acarreta, ajustar alguém é um gesto de cuidado e atenção que queremos usar em benefício do outro e isto implica prática e à vontade, que só o tempo trará. Para dar resposta a esta necessidade surgem as sessões especiais de ajustes.
“Fazer a postura pelos alunos é como fazer os trabalhos de casa pelos nossos filhos!”, esta é uma frase da minha professora Kia, com a qual não podia estar mais de acordo. O ajuste não deve ser algo gratuito ou feito porque é “suposto”, ele serve um propósito – dar um sentido de direcção, despertar no aluno aquilo que é necessário activar, alertar para um excesso de tensão… Por outro lado, tudo o que carregamos connosco passa através do toque para o outro, pelo que é necessário estarmos alinhados e presentes quando tocamos alguém.
Estas e outras considerações, bem como a arte prática dos ajustes nos diversos grupos de posturas do hatha yoga serão o tema para estas sessões práticas.
Todos os que queiram aprofundar, aprimorar ou praticar a arte do ajuste no āsana são bem-vindos!
Estrutura: 4 SÁBADOS 15-18H
SESSÃO 1
- Princípios básicos
- Surya namaskar
SESSÃO 2
SESSÃO 3
- Posturas sentadas (flexão e torsão)
SESSÃO 4
*As 4 sessões seguirão esta ordem, mas avançaremos ao ritmo do grupo permitindo praticar antes de avançar pelo que poderão sobrepor-se grupos de posturas entre sessões. As sessões estão pensadas para se complementarem pelo que faz sentido participar no programa completo mas é possível assistir a cada sessão isoladamente.
DATAS:
- 9 NOVEMBRO
- 30 NOVEMBRO
- 14 DEZEMBRO
- 18 JANEIRO
INSCRIÇÕES E +INFO: ana@casaganapati.com
por casa-ganapati | Mai 31, 2024 | Destaque, Eventos
Eis que, depois de 6 edições de Yoga na Índia, sai uma edição improvável, talvez até inesperada, mas que nos faz muito sentido! Há muito que queremos levar os nossos filhos à Índia. Na altura em que nasceram o propósito e foco das nossas viagens era estudar e estar perto do nosso mestre e, felizmente, como sempre tivemos um bom apoio familiar, reservávamos esse tempo exclusivamente para isso. Quando surgiram as viagens de grupo, e por serem viagens muito desafiantes, também considerámos que a nossa atenção deveria estar totalmente com as pessoas que levamos connosco.
No entanto, ao longos de todos estes anos, muitos são os alunos e amigos que questionam: para quando uma viagem com as crianças?
Aqui está ela, Yoga na Índia *FAMILY EDITION* Uma viagem pensada para famílias, adaptada às exigências e necessidades que isso implica, mas sem perdermos de vista aquilo que nos move aos três (Miguel, Ana e Inácio) a Índia real! À luz da tradição do yoga e da cultura védica, montamos uma proposta que abraçará história, mitologia, natureza e yoga! Com algumas paragens em locais emblemáticos, uma incursão pela vida selvagem, noites em comboio e claro, a experiência de um ashram, vamos proporcionar às famílias que nos acompanhem, o colorido, o sentimento e a intensidade da Índia!
Esta viagem destina-se a participantes que queiram viajar em família, aproveitando a oportunidade de partilhar o momento. Pais e filhos, avós e netos, primos e sobrinhos, vamos juntos formar uma só família e mergulhar na experiência da Índia, em boa companhia e na salvaguarda de um acompanhamento experiente e seguro. Vamos mostrar-vos a Índia dos nossos olhos!
ÁRVORE GENEOLÓGICA:
“O PAI” MIGUEL HOMEM
Miguel é apaixonado pela tradição de ensinamento da Índia, sobretudo pelo yoga e vedānta que vê como um só. A Índia transpira uma visão transcendente do Homem que emerge do contacto com as pessoas, no aparente caos das aglomerações humanas, nas deslocações pela ruas, estradas e comboios, no céu sempre mascarado com o véu misterioso, e nos momentos de assimilação espontânea num templo, às margens do Ganges e tudo isto faz valer pisar os pés naquela terra sagrada.
Miguel dedica-se ao estudo, prática e vida de yoga há cerca de 20 anos, aprendeu e aprende yoga com vários professores dos quais destaca Andrés Wormull, Claudia Villadelprat, David Frawley, Manju Jois, Pedro Kupfer, Simão Monteiro e Tomas Zorzo.
Em 2005 conheceu o seu Mestre Pujya Swami Dayananda com quem aprendeu vedānta regularmente até ao seu Maha Samādhi. Desde 2006 traz regularmente a Portugal a Prof. Gloria Arieira com quem mantém o estudo de sânscrito e shaṅkara bhāṣyam e por quem nutre o afecto de um filho. Em 2007 conheceu Ganga Mira, assistindo regularmente aos seus satsaṅgas desde então. A expressão directa da Ganga é uma fonte de inspiração e contemplação contínua.
Continua a estudar regularmente, continua a ouvir o que o Swamiji ensinou, continua a aprender e a manter uma relação estreita com as suas Mestras por quem tem um carinho, respeito e admiração sem fim. Continua ainda a viajar para a Índia, anualmente, para visitar lugares sagrados, aprender, praticar, ensinar e tudo o mais que a Índia traz.
Miguel tem um enorme respeito pela tradição de ensino e o seu compromisso é passar adiante aquilo que lhe foi passado pelo seu Mestre. Ensina vedānta regularmente na Casa Gaṇapati, dando aulas semanais e conduzindo cursos extensivos.
“A MÃE” ANA SERENO
Atraída pela Índia muito antes do Yoga entrar na sua vida, Ana viajou para lá pela primeira vez em 2001 com a sua mãe numa típica viagem turística atrás dos vidros mas não menos significante. Ao descolar do avião no regresso a casa soube que para sempre estaria ligada aquela terra e assim foi. A partir de 2009, voltou à Índia várias vezes e aí acabou mesmo por casar-se, nas margens do Ganges e sob a bênção do seu Mestre, Swami Dayananda com Miguel Homem.
O entusiasmo e paixão por este destino é tal que não desistiu enquanto não viu estas viagens ganharem vida!
Ana iniciou o estudo e prática de yoga com o Miguel há mais de 20 anos, estudou e praticou com vários professores tendo feito várias formações que determinaram o seu modo de estar e ensinar yoga nomeadamente com: Pedro Kupfer, Tomas Zorzo, Claudia Villadelprat, Manju Jois, David Swenson e Kia Naddermier.
O estudo de Vedanta foi acompanhado pelo seu Mestre Swami Dayananda e mantém-se pelas mãos de duas Mestras verdadeiramente inspiradoras e por quem nutre uma profunda admiração, a professora Glória Arieira e Ganga Mira.
Ana convida todos os que queiram conhecer a Índia à luz do contexto do Yoga, mergulhando sem reservas na cultura e modo de vida indianos a juntarem-se nesta viagem organizada com muito amor.
“O TIO” INÁCIO ROZEIRA
Inácio, viaja pela Índia há mais de 20 anos. Das suas mais de cinco dezenas de viagens pela Índia conheceu grande parte do sub-continente e guiou mais de cinco centenas de viajantes por estas paragens exóticas. É especializado em viagens de aventura com uma forte componente de interação cultural, desenrasca-se nos bazares e nos transportes locais como um autóctone e, ao longo destes últimos anos desenvolveu uma capacidade para falar hindi de uma forma simples para não ser enganado e tornou-se especialista na história contemporânea da Índia.
Em 2010 deu a volta à Índia numa mota com sidecar.
INSCRIÇÕES E MAIS INFORMAÇÃO:
ana@casaganapati.com
+351919022478
www.casaganapati.com
@casaganapati
Registo Nacional Agências de Viagens e Turismo RNAVT nº 6559
por casa-ganapati | Mai 7, 2021 | Blog, Destaque
“Vairagya serve para te ajudar a tornares-te uma pessoa maior”
Em Março de 2010, durante o primeiro curso em Rishikesh, dedicado ao texto Pancadasi, tivemos uma vez mais a honra e feliz oportunidade de entrevistar Swami Dayananda. Como já se vem tornando hábito, fomos recebidos na sua casa, pelo seu bom humor e compaixão e expusemos as nossas questões às quais Swamiji respondeu com toda a sua clarividência. É com muito gosto, então, que partilhamos mais uma entrevista, desta vez sobre os valores universais, desejando que possa ser útil e esclarecedora para todos.
Existem alguns valores universais. Porque devemos segui-los? Porque alguém nos diz para fazê-lo, ou existe uma razão objectiva para tal?
Os valores não são universais porque alguém nos tenha dito. Se alguém nos tivesse dito não seriam universais. Sem que ninguém nos diga nada, temos valores que são universais. Isto vem de um simples facto inerente a qualquer organismo vivo, que é: querer viver e viver sem sofrer. Eu quero viver, não quero sofrer. Isto é um valor instintivo de todo o organismo vivo para que possa sobreviver. É um instinto de sobrevivência. Com os animais esse instinto pára por aí, está programado. Imaginem que uma vaca dá um coice a alguém e essa pessoa fica magoada, a vaca não sente qualquer arrependimento, ou culpa. Nós humanos também não queremos ser magoados, porque somos seres vivos, então temos o mesmo valor de que ninguém deveria magoar-nos. Mas enquanto seres humanos temos a capacidade para observar e saber que os outros também não querem ser magoados, é do senso comum. A vaca parece não saber isso, mas nós sabemos, observamos e sabemos. Então, se eu não quero ser magoado e os outros também não – um valor nasce. Assim sendo é universal, é um valor não ensinado. Todos os outros valores nascem desse valor porque se fores contra ele vais magoar as pessoas. Roubar, enganar, explorar – tudo isto magoa as pessoas. Logo existem valores derivados e existem valores primários, sendo que ahimsa – não magoar o outro – é um valor primário. Como tal dizemos que ahimsa é o valor primordial – paramodharma. A partir daqui já temos um conjunto de valores. Se alguém é compassivo, compreensivo, generoso, cuidadoso, valorizamos isso. Os outros também valorizarão isso em nós. Ainda assim, porque é que as pessoas vão contra os valores, se sabem que aqueles são os valores que formam uma estrutura comum? Os seres humanos têm a capacidade de escolha e assim sendo precisam de uma estrutura de valores comum – a tua escolha não me magoa, a minha escolha não te magoa. Então, se existe essa estrutura comum de valores, porque vou contra ela? Por uma razão: a pressão dos meus desejos, da minha ambição. O desejo gera pressão, essa pressão faz a pessoa comprometer os valores, o dharma, e por isso dizemos: não cedas à pressão – tayor vacham na agachet; não te deixes levar por essa pressão, a pressão do desejos, de diferentes tipos de desejos – raga-dvesha. E porque não, se tanto se fala em “Sobrevivência do mais forte”[1]? Eles podem bombardear-te, tu podes bombardeá-los, eles podem bater-te, tu podes bater-lhes, está tudo bem. Foi o que fizeram nos séculos passados. “Poder é razão” (trocadilho com a rima “Might is right”, em inglês). Todos tentaram bater nas pessoas e ocupar os lugares, colonizá-los e tudo mais. Fizeram muitas atrocidades em nome do “Poder é razão”. Muitas religiões apoiaram isso também, em nome da religião fizeram-no.
Assim sendo, o crescimento enquanto ser humano está na minha capacidade de agir conforme o dharma, inicialmente com resignação, deliberação e um grande sistema de apoio, depois espontaneamente. Por espontâneo entende-se que te tornas santo. Essa santidade é o crescimento de um ser humano, isso é ser espiritual. Dizemos que alguém é espiritual em relação a outra pessoa que não cresceu nesse sentido. Toda a gente tem de crescer nessa direcção e a partir daí crescer por sua própria iniciativa. Se não crescemos tornamo-nos pessoas emocionalmente atrofiadas. Não é por mais ninguém que eu cresço, é porque estou desenhado para crescer, logo devo crescer e tornar-me uma pessoa completa. Na minha própria auto-estima sinto-me muito feliz, na perspectiva dos outros também passo, mas não é esse o critério para o meu crescimento. Na minha própria estima vejo-me como livre de culpa e desse crescimento atrofiado e logo vivo bem comigo próprio.
A relação entre moksa e essa santidade, a relação entre viver de acordo com o valores e moksa é que apenas para esta pessoa existe moksa. Não entenderás que és o Todo se não fores compassivo contigo próprio. Eu sou ananda. Não posso sentir-me culpado e magoado e ver este conhecimento de que sou o Todo, não funcionará, é uma contradição, essa mente humana não consegue ver, esse ser humano não consegue ver isso. Logo, viver de acordo com o dharma e moksha estão altamente relacionados. Mesmo que uma pessoa não alcance moksha, será sempre uma pessoa virtuosa e isso, por si só, já é um dividendo, isso por si só já é crescimento e a partir daí moksha torna-se muito simples, é apenas um passo, é apenas aquela ligação – tat tvam – tu és isso, apenas essa ligação tem de ser feita, nada de especial.
Sobre kshanti, aceitação
Como agir quando nos é impossível aceitar um determinado comportamento de alguém em relação a nós? Deveríamos evitar relacionar-nos com essa pessoa ou confrontá-la?
Temos de estabelecer limites. Este valor existe para ti, mas também para a outra pessoa, quer ela o valorize ou não, deveria ser um valor para o outro também – kshantih. Então o que fazes? Acomodação é penas permitir que essa pessoa permaneça no seu espaço, “mantém-te no teu espaço mas sem me afectar”. Estabeleço limites para mim e também para o outro. Nas relações interpessoais esta é a coisa a fazer – estabelecer limites. Às vezes é muito difícil, mas é possível. Podes dizer à outra pessoa “pára, a partir daqui não podes passar”, ou “desculpa mas não consigo lidar com isto”. Na sociedade ocidental dizem isto com muita facilidade, os indianos não, têm muita timidez e consideração – “o que irão pensar?” – têm estas preocupações em demasia. Lá (referindo-se ao ocidente) eles não se preocupam nada! (risos). Estive na Holanda e aquelas pessoas são tão claras e abertas. Temos mesmo de criar limites – arantih jana samsari.
Sobre aratih jana-samsadi,
A maioria de nós vive em sociedade. Onde está o equilíbrio entre uma interacção social saudável e ter tempo de qualidade para si próprio?
Tens de escolher que tipo de vida social vais viver. A vida social também ajuda a pessoa a crescer, no entanto, não pode ser um estilo de vida sem qualquer significado, que vá arrastando a pessoa indefinidamente. Não queremos que as pessoas sejam reclusas mas tão pouco que corram atrás de uma socialização que implique beber, dançar até altas horas da noite e toda uma variedade de outras coisas. De certa forma, parece que socializar passou a significar altas horas da noite. Temos de criar o nosso próprio círculo social. Organizar um jantar tranquilo e convidar os amigos. Mudar hábitos. Tu próprio inicias isso. E há muita gente que vai adorar ir. Desta forma, crias a tua própria sociedade, é assim que deve ser. Temos de criar o nosso próprio sistema de suporte, não podes esperar apoio num sistema social como falámos no início, porque serás arrastado para esse estilo de vida. Então criaremos a nossa própria sociedade e haverá cada vez mais gente nela. Com tempo, as coisas começarão a mudar. Por outro lado, existe o respeito pelo tempo de cada um, pela privacidade. Convidas as pessoas para fazerem um sat sang, uns bhajans, trocar perguntas e respostas e mesmo para dançar, sem beber, quando muito uns refrigerantes ou o que quer seja moderado nessa cultura. E pode ter-se também alguma música, que seja um pouco mais “séria” (risos). Então desta forma criamos a nossa própria sociedade e haverá muita gente interessada em começar uma vida assim, encontrarás essas pessoas porque há muitas que estão apenas à espera desse tipo de iniciativas.
Sobre vairagya, desapego
Swamiji pode explicar a diferença entre vairagya e egoísmo? Algumas pessoas, no ocidente, tomam um pelo outro. Por exemplo pensam que ter algum vairagya perante as relações é egoísmo.
Não há qualquer egoísmo, vairagya é desapego. Existe algum mal entendido em torno de vairagya, mas deve ser removido. Vairagya deve ser entendido da seguinte forma: se numa relçãao entre duas pessoas um dos parceiros diz “eu tenho desapego”, não é muito boa ideia, não é deste vairagya que estamos a falar. Vairagya é perceber a ausência de conexão entre aquilo que fazes e aquilo que queres, isso é vairagya. Eu quero Moksha mas faço outra coisa qualquer, não há qualquer conexão. Mas vejamos um exemplo, numa relação um dos parceiros quer um filho e o outro não, aí está um problema. Aquele que quer o filho dirá ao outro que ele é egoísta e que só pensa na sua própria felicidade. Mas ter uma criança é vairagya. Se fazes algo, mesmo sendo aquilo que não queres, isso também é vairagya. Se o outro quer, nós fazemo-lo feliz, é a melhor coisa a fazer. E assim tornas-te maior. Vairagyaserve para ajudar-te a tornar-te uma pessoa maior, não menor. Em nome de vairagya não podes tornar-te menor. Tens de dar. Assim sendo, fazes feliz a pessoa que amas. Já resolvi este tipo de questões entre casais tantas vezes… A mulher chega aqui e diz-me “eu quero um filho mas ele é espiritual e não quer”, E eu pergunto ao marido: “o que tens a perder”? A paternidade é uma coisa muito boa para antharkarana shudhi. Fazer a outra pessoa feliz é o que vairagya é. Na tua vida há uma pessoa que amas e precisas dela para alimentar o teu ego, que espécie de vairagya é esse? É falso vairagya, mas acaba por ser visto com esse nome. Então, sê objectivo, se existem as condições para criar a criança adequadamente a decisão deve ser dos dois. Ambos têm de decidir “ok, vamos ter um filho”. Se já não estiveres na idade certa, se houver algum risco envolvido, nesse caso não te incomodes com o assunto, mas se for seguro ter uma criança deves seguir isso. A paternidade é uma coisa linda. A mulher é desenhada para ser mãe, de outra forma todo aquele sofrimento por que passa, mês após mês, seria inútil, esse distúrbio hormonal e tudo o mais seriam um disparate. Elas têm de passar por tudo isto porque são desenhadas para a maternidade e o próprio sistema biológico quer isso. Até por volta dos 30 anos não se interessa, a partir daí o desejo começa e, por vezes, acaba por ser tarde de mais. Por isso dizem que se deve ser mãe quando é saudável. Estas pessoas modernas preferem ser livres, sem filhos. Também com um filho se pode ser livre. Tudo depende… Livre para fazer o quê? Se tiveres uma criança não podes sair até altas horas… Se gostas de ser mãe isso já é sucesso, não precisas de qualquer outra liberdade. É uma confusão de valores.
Vairagya deve ser bem entendido. Uma criança não resolverá todos os problemas, isso é vairagya, mas resolverá alguns. Aquilo que uma pessoa não recebeu dos seus pais na infância pode dar aos seus próprios filhos e assim processar tudo isso. Esse inconsciente tem de ser liberto, é um kashaya, e para isso a maternidade e a paternidade são a melhor coisa. Se for possível a pessoa deve ter filhos.
Sobre anabhishvangah putra-dara-grhadishu – Ausência de obsessão em relação a filhos, mulher e lar.
O Swamiji costuma dizer “Somos todos apaixonados pelo Eu satisfeito”. Como encontrar amor e liberdade nas relações?
A afeição é necessária, abhishvanga é afeição, e é necessária para os seres humanos, eles requerem afeição e esta fá-los sentir amados, o que parece ser uma grande necessidade. A criança não entende “eu sou amada”. Nenhuma criança percebe isto. Se a mãe se afasta por alguma razão ela imediatamente pensa “eu não sou amada”, esta é a forma de pensar de uma criança. Assim sendo, o que devemos fazer é tornar esse carinho e afeição objectivos. Cuidar é uma coisa maravilhosa. Tu dás e fá-los sentir acarinhados. Outra coisa é a obsessão, estar constantemente preocupado “o que vai acontecer, o que vai acontecer, o que vai acontecer” isso é obsessão. “Como vou sobreviver sem esta pessoa”, tudo isso é obsessão. Tenho de entender que tudo é oferecido por Ishvara e que tenho o meu círculo, o meu pequeno círculo de relações dentro do grande círculo, logo é dele que eu tomo conta. Tenho de fazê-lo e gosto de fazê-lo pelo que se torna seva, torna-se a tua contribuição. Uma criança é-me dada, sob o meu cuidado, sob o meu amor a criança vai crescer, então asseguro-me que ela cresça bem, no seu espaço, sem tentar controlar, amor não é controlo. Fazemos frequentemente esta confusão entre amor e controlo ” eu amo-te por isso senta-te!”, isso é um problema. Assim, dá espaço à pessoa para que ela possa ser livre, para que ela possa expressar o seu amor. Não é fácil, porque onde há amor a obsessão espreita, o controlo, o ciúme, o medo espreitam, pelo que devemos estar devidamente conscientes de que fomos criados por uma lei, cada um crescendo no seu tempo (tradução da palavra pace, Swamiji inicia aqui um trocadilho com as palavras pace e space). Tempo e espaço são coisas diferentes, então devemos entender que cada pessoa cresce no seu tempo e espaço. Isto significa que não podes esperar o crescimento imediato da criança, ela tem de crescer no seu próprio tempo, como o botão de uma flor desponta no seu devido tempo, não podemos apressá-lo, isso é amor – permitir que a pessoa cresça no seu tempo e espaço, isso é anabhishvangah putra-dara-grhadishu. Se estamos a falar de um objecto (uma casa, um carro,…) é a mesma coisa. Cuidamos das nossas coisas, mantendo o carro limpo, oleado… O carro não deve ser uma extensão de mim mesmo, noto que algumas pessoas lhe dão uma ênfase
excessiva, chama-se a isto valor exagerado, a pessoa projecta-se noutra coisa qualquer. Isto é um problema de auto-imagem, um bom estudo de Vedanta levará tudo ao sítio. Um correcto estudo de Vedanta resolverá este problema de auto-imagem. Se eu sou o Todo onde está o problema de auto-imagem? Então, isso vai-se quando correctamente entendido, por isso temos de ensinar.
[1] Might Is Right ou
The Survival of the Fittest, é um livro do autor com o pseudónimo Ragnar Redbeard. Considera-se que advoga o Darwinismo social e que tenha sido publicado em 1890. Nesta obra o autor rejeita as ideias convencionais dos direitos naturais e humanos e argumenta que apenas o poder físico e da força podem estabelecer a ordem moral.